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5 dicas para construir uma casa ideal

Vemos hoje inúmeros projetos publicados em revistas especializadas de arquitetura, lindas fachadas muito bem trabalhadas, esteticamente agradáveis, e poucos se perguntam se aquele projeto é ideal a pessoa que quer construir a casa ideal.

Não são realizados estudos subjetivos sobre o estilo de vida, preferências, rotinas, aspirações e desejos a curto, médio e longo prazos. Muitos compram projetos prontos que não se encaixam no seu terreno, seja por possuírem topografia acentuada, ou por não considerarem o entorno, a relação com vizinhos, vistas e questões de conforto ambiental, como ruídos e insolação.

Para construir uma casa ideal, é preciso uma análise mais profunda das pessoas que utilizarão o espaço, seus desejos, necessidades, dificuldades, conciliando essas questões ao espaço, ao entorno, aos aspectos físicos, e assim criar um espaço que integre todas essas questões.

Seguem abaixo algumas dicas para construir um espaço ideal:

 

1. Análise do perfil - Realize um levantamento dos desejos e necessidades de cada membro da família, de modo a encontrar pontos importantes que darão as diretrizes principais ao projeto. Devemos considerar a idade de cada um, pois as necessidades das crianças são diferentes das de idosos, que requerem atenção especial e espaços adequados para se moverem adequadamente, sem muitos desníveis. Também é importante estudar as rotinas, o modo de vida, preferências. Uma pessoa que gosta de cozinhar irá utilizar a cozinha de forma diferente do que uma pessoa que não gosta.

2. Análise do entorno - Após analisar o perfil dos usuários, passamos para o estudo do terreno e entorno. Encontrar o terreno ideal é fundamental para construir uma casa saudável. Grandes desníveis como aclives ou declives podem dificultar a criação de projetos específicos, como casas térreas. Também pode onerar a construção, pois exigirá a construção de muros de arrimo e até o uso de elevadores ou plataformas. Verificar as construções vizinhas também é vital, pois a construção deve ser locada de forma a proporcionar ventilação e insolação adequadas. Caso o vizinho tenha construído um sobrado encostado na divisa, poderá impedir a correta insolação e ventilação no interior dos espaços próximos a ele.

3. Análise do ambiente – Enumere todos os espaços que serão necessários para a composição da construção. Com a listagem pronta, faça um levantamento de tudo o que irá compor esse espaço. Uma forma interessante de dimensionar cada ambiente é saber o que você quer colocar dentro dele. Então faça uma lista de tudo o que irá ter, de preferencia com dimensões aproximadas de cada elemento e o modelo, caso já saiba o que irá usar. Para sabermos o que colocar numa suíte, é fundamental saber qual cama será utilizada (Convencional, Queensize, Kingsize), se terá criado mudo, se terá algum móvel e tv, e qual é o tamanho de armário que será necessário (uma dica é verificar o que já possui e se o atual atende a necessidade ou não). Com essas definições, é muito mais fácil acertar, pois nem sempre podemos fazer ambientes grandes, a depender do tamanho do terreno.

4. Análise e integração dos espaços - Com a listagem dos ambientes que irão compor a construção, o arquiteto pode fazer a distribuição da construção, locando todos os cômodos e dimensionando-os de acordo com o seu conteúdo. Com isso, também poderá ser realizado um estudo de disposição dos cômodos e a dinâmica de cada um em relação ao outro. Muitos querem garagens com acesso facilitado à cozinha para carga e descarga, outros querem integrar as salas com a cozinha, e outros elementos importantes que fazem com que a distribuição dos cômodos seja ideal de acordo com as necessidades e preferencias de cada família. Com isso finalizado, já será fácil ter o estudo preliminar do projeto de arquitetura, com a distribuição dos espaços e a locação do seu layout.

5. Análise da forma e estilo– É interessante, paralelo ao desenvolvimento do projeto em planta, que seja estudada a volumetria da construção através de um estudo de estilos arquitetônicos e formas. Faça uma pesquisa de outros projetos e fachadas diversas, enumerando quais elementos mais agradam e o que desagrada, que tipos de janelas, portas, telhados e cores são interessantes. Todo esse cuidado é importante para que o projeto corresponda aos desejos e necessidades daquele que deseja a casa ideal.

 
A importância de se contratar um arquiteto e como proceder

É comum pensar que a função do arquiteto resume-se apenas à questão estética. Grave erro, pois o Arquiteto é o grande idealizador e também um facilitador para que as coisas fluam melhor desde as primeiras idéias até a entrega das chaves, passando pelo planejamento da obra.
Planejamento é condição básica para uma construção ter o menor custo e ser útil aos seus futuros ocupantes. Como todo planejamento de obra começa pelo projeto arquitetônico, é fácil entender a importância de ter um arquiteto auxiliando o empreendedor desde as primeiras horas de um projeto de construção.

A arquitetura é uma profissão bastante complexa e abrange diversas áreas como magistério, consultoria, perícia e execução de obras. Além do projeto de arquitetura em si, o Arquiteto está apto a elaborar e gerenciar também os projetos de instalação elétrica, hidráulica, esgoto, gás, estrutura e paisagismo.

O Arquiteto também pode ser o responsável legal pela execução da obra, sendo de sua responsabilidade as sanções penais, no caso de eventuais sinistros. Também é ele o responsável por cumprir todas as exigências legais, assim como zelar pelo perfeito funcionamento das instalações e pela solidez da construção durante um período de até cinco anos após a conclusão da obra, conforme determinado pelo código civil.

Aliás, o profissional mais indicado para assumir a responsabilidade pela execução ou gerenciar a obra é o próprio autor dos projetos, pois conhece a fundo todas as suas particularidades.

No caso de uma obra não possuir um profissional responsável pela sua execução, que tanto pode ser um Engenheiro Civil como um Arquiteto, todas as sanções penais recairão sobre o proprietário. Este poderá, inclusive, responder criminalmente pelo exercício ilegal da profissão, apesar de muitas pessoas pensarem que o responsável por estas situações, no final das contas, será o pedreiro ou empreiteiro.

Em última análise seria, no mínimo, uma grande imprudência e irresponsabilidade confiar o investimento de um razoável capital -- na elaboração de um projeto e na execução da obra -- a pessoas sem experiência, qualificação e responsabilidade legal.

Como identificar o bom profissional

Ao contratar os serviços de um arquiteto é importante ter a consciência de que, como em todas as profissões, existem os bons e os maus profissionais, portanto alguns aspectos devem ser observados para fazer uma boa escolha:

• Se você está adquirindo um terreno, o correto será contratar um profissional qualificado já nesta etapa para lhe prestar uma assessoria e evitar futuras surpresas desagradáveis, pois existem particularidades técnicas que determinarão um custo maior ou menor da obra ou até mesmo a sua inviabilidade econômica, tais como:
a) As características topográficas que, em alguns casos, poderão exigir muros de contenção;
b) O tipo de subsolo que poderá exigir uma fundação especial;
c) A existência e a altura dos coletores públicos de águas pluviais e de esgoto em relação ao nível do terreno que, em alguns casos, poderão exigir o bombeamento da futura instalação de esgoto.
Enfim, são inúmeros conhecimentos técnicos que poderão lhe economizar um considerável capital alem de evitar inúmeros aborrecimentos.

• Nunca escolha o profissional pelo valor mais baixo dos honorários, pois, certamente, eles serão proporcionais a sua experiência e competência;

O trabalho do arquiteto é que define a personalidade da edificação e permite todo o planejamento da obra. 

• Procure saber como o arquiteto desenvolve seu trabalho e conhecer sua vida profissional. Os bons arquitetos costumam fornecer seus curriculos; 

• Obtenha informações sobre os trabalhos realizados;

• Saiba quais os serviços que este profissional irá lhe oferecer. Lembre-se de que para executar uma obra são necessários e, na maioria das vezes obrigatórios, além da aprovação do projeto de arquitetura, os projetos de instalações prediais (gás, esgoto, etc.). Os bons profissionais oferecem todos os serviços necessários, não só à aprovação do projeto como também para sua execução;

• Pergunte quais as necessidades legais para a aprovação do projeto e a execução da obra e quais as responsabilidades que serão assumidas pelo profissional;

• Busque informações do profissional junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, disponíveis no do CREA regional;

O bom planejamento dos interiores é fundamental para a obtenção de ambientes confortáveis e úteis. 

• Nunca contrate um serviço sem que seja firmado um contrato no qual deverá constar, claro e minuciosamente, tudo que se relacione ao seu propósito de forma a não ocasionar nenhuma dúvida futura principalmente quanto aos serviços que serão prestados, aos prazos, ao valor e às condições de pagamento; 

• Mantenha um diálogo franco com o arquiteto. Não omita nenhuma informação e faça questão de participar diretamente do projeto e da obra. Dê sugestões, expresse sua opinião, é mais fácil e mais barato fazer alterações quando a obra ainda estiver em execução. Lembre-se de que o projeto deve atender as suas necessidades e não as do arquiteto.

Se, ainda assim, restar alguma dúvida quanto às vantagens de contratar um arquiteto, compare o custo da contratação de um profissional competente em relação ao valor total da obra. Representa uma pequena fração, e os benefícios de uma obra bem planejada compensam qualquer pagamento feito a um bom profissional.

Fonte: www.forumdaconstrucao.com.br - Por Arq. Victor Sportelli

 

Apesar do que muitos acreditam, construir uma casa ecologicamente correta e sustentável pode ser mais barato do que se imagina.

O investimento, em média, é 1% a 7% superior a um empreendimento tradicional, dependendo das tecnologias adotadas, e o retorno previsto acontece entre 3 a 5 anos. A redução no uso de água potável chega até 50%, enquanto o consumo de energia diminui cerca de 30%, de acordo com estudos realizados pela Fundação Vanzolini e GBC Brasil.

Para quem não conhece a expressão, construção sustentável é aquela pensada e executada com respeito ao meio ambiente e seus recursos, garantindo o bem-estar e o conforto dos futuros usuários.

Existem várias opções para construir de forma sustentável e não gastar muito.

Na fase de projeto, é essencial que o arquiteto adote o posicionamento correto em relação ao sol e aos ventos predominantes, buscando maior conforto térmico e melhor iluminação, fazendo bom uso da insolação natural e da ventilação cruzada, o que garante ambientes mais frescos e saudáveis.

Igualmente importante é o uso de materiais ecologicamente corretos, que contribuem para o conforto ambiental, como coberturas isolantes (uso de subcoberturas, telhas especiais com cores claras, telhados verdes e ventilação de áticos e sótãos), vedações especiais (tijolos ecológicos, sistemas de vedação em drywall e Steel Frame, com aplicação de mantas isolantes em paredes), vidros e películas para controle térmico das aberturas, materiais ecológicos de acabamento (pisos drenantes, “madeira” plástica, acessórios fabricados com itens reciclados), entre outros.

O processo construtivo também deve ser controlado, adquirindo produtos de fornecedores da região (para evitar consumo de combustível e conseqüente poluição ambiental), evitando desperdício de material na obra e proporcionando o descarte correto aos resíduos gerados.

Em relação aos sistemas elétricos e hidráulicos, é de fundamental importância que mantenham foco na economia, através do uso racional da água e energia elétrica, adoção de dispositivos e equipamentos de baixo consumo (chuveiros utilizando água quente através de aquecimento solar, reaproveitamento de águas da chuva, lâmpadas led, uso de equipamentos e eletrodomésticos classe “A” do Procel e/ou com a tecnologia “inverter”, torneiras e vasos com dispositivos economizadores de água, geração de energia através de painéis fotovoltaicos, entre outros).

Os benefícios de uma edificação que adota técnicas sustentáveis e ecológicas são inúmeros; além de promover o bem-estar dos usuários e preservar o ambiente em que se insere, reduz as despesas de manutenção, operação e consumo, a médio e longo prazo, aumentando seu valor de revenda em até 30%.

 

Como criar um dormitório ideal para pessoas idosas

Cuidar do ambiente em que vivemos é muito importante para proporcionar conforto e segurança. Pessoas idosas requerem cuidados especiais, principalmente porque possuem dificuldade na locomoção e mobilidade. Assim, é fundamental criar um espaço que facilite a acessibilidade, evite acidentes e permita que a pessoa se sinta bem.

Seguem algumas dicas para projetar um dormitório para idoso:

 

1. Acessibilidade – É um item muito importante, pois requer um estudo de layout com a disposição de todos os elementos dentro do quarto. Muitos podem precisar de uma cadeira de rodas ou um andador em algum momento.

a. Portas de acesso com no mínimo 80 cm;

b. Corredores ao redor da cama com no mínimo 80cm;

c. Espaço interno desobstruído com no mínimo 1,50 m de diâmetro proporciona a manobra de uma cadeira de rodas, caso seja necessário;

 

2. Mobiliário – com os móveis dimensionados corretamente, é mais fácil para que o idoso possa levantar da cama, sentar numa poltrona, pegar objetos no criado mudo e se recostar para executar alguma tarefa.

a. Camas com altura média de 45cm a 50cm permitem apoio dos pés no chão;

b. Poltronas com altura de 45 a 50 cm podem auxiliar na tarefa de calçar os sapatos e meias, ou a levantar facilmente;

c. Criados mudos com 10 cm a mais que a altura da cama auxiliam no apoio de objetos. Recomenda-se que sejam apoiados no chão, pois podem servir de apoio para que a pessoa possa levantar;

d. Móveis com quinas e bordas arredondadas evitam acidentes;

 

3. Materiais de acabamento – É importante cuidar com o tipo de material utilizado nos pisos e revestimentos

a. Pisos antiderrapantes são benvindos, pois evitam acidentes. Existem alguns no mercado que não escorregam e ainda proporcionam conforto térmico e são de fácil limpeza.

b. Cabeceiras almofadadas permitem conforto para atividades de leitura

 

4. Dicas para segurança e conforto – Facilitar o dia a dia de quem usa o espaço é uma forma de evitar acidentes. Com dispositivos de automação, o idoso não precisa se deslocar para executar tarefas simples. Alguns itens podem proporcionar maior comodidade para quem deseja um espaço seguro:

a. Persianas automáticas são uma ótima opção. Existem também algumas antialérgicas que podem auxiliar quem tem problemas de alergia;

b. Equipamentos eletrônicos também podem ser interligados na automação, ou até controlados por controle remoto;

c. Fitas antiderrapantes debaixo de tapetes evitam escorregamentos;

d. Barras de apoio em locais estratégicos auxiliam na mobilidade e apoio;

e. Janelas acústicas proporcionam conforto acústico para uma noite bem dormida, e também para permitir o desenvolvimento de tarefas que exijam concentração;

f. A iluminação adequada é importante para garantir o conforto visual. Posicionar interruptores próximos à cabeceira da cama facilita o acionamento da iluminação. Balizadores de piso e arandelas também são interessantes para clarear corredores e escadas;

 Especificar corretamente todos os elementos do espaço é vital para que ele seja adequado às necessidades de cada pessoa. É importante levar em conta, também, os aspectos que influenciam as questões psicológicas. Um ambiente saudável deve apresentar cores adequadas, iluminação equilibrada, temperatura e acústica ideais. Esses fatores afetam a saúde física e psicológica de quem utiliza o espaço.

Como nossos filhos podem usar o computador de forma segura

Com o isolamento ocasionado pela pandemia no Covid 19, muitos jovens e crianças estão permanecendo muito tempo em frente ao computador, seja estudando “on-line”, ou jogando. Além de afetar a visão, passar horas em frente ao computador pode gerar graves problemas ortopédicos, como dores na coluna e pescoço, nos pulsos, problemas de visão, entre outros fatores nocivos à saúde e integridade física. Um mobiliário inadequado pode causar transtornos físicos com o passar do tempo, podendo, inclusive, levar à dificuldade ou incapacitação na realização de tarefas.

É importante ajustar adequadamente o ambiente e o mobiliário que a pessoa utiliza para que as atividades possam ser desenvolvidas de forma saudável. É essencial ajustar a postura, utilizar cadeiras reguláveis que se ajustem aos diversos biotipos de cada um, assim como dimensionar adequadamente as mesas, apoios, e outras questões que irão proporcionar maior conforto ergonômico.

 

Seguem 5 dicas para ajustar adequadamente o local que será utilizado:

1. Prefira ambientes claros, neutros, com superfícies claras e não refletoras. A iluminação do ambiente deve estar equilibrada com a iluminação do monitor de forma harmoniosa. Evite utilizar o computador em ambientes escuros que forcem a visão.

2. Utilize cadeiras ergonômicas que tenham altura ajustável para que os pés fiquem apoiados no chão, apoio de braço regulável na altura do cotovelo, base do acento com material macio que não deforme e que borda frontal arredondada, encosto levemente arredondado para apoio da região lombar.

3. Compre mesas de apoio com altura ideal para acomodar o teclado e o mouse, de modo que o braço fique na posição de 90°. Pessoas mais altas podem utilizar uma mesa com altura em média de 70 cm. Já as de estatura menor podem investir em uma mesa com altura de 65cm.

4. Ajuste o Monitor na altura do campo visual, inclinando-o de 10° a 20°. Especialistas recomendam que a tela esteja a uma distância entre 40 e 70 cm dos olhos. No mercado já existem monitores criados não apenas para aumentar a qualidade das imagens, mas também resguardar a visão dos usuários, com recursos que controlam a emissão de luzes azuis que prejudicam a visão, e que estabiliza o monitor, inibindo pequenos tremores que afetam e elevam a tensão dos olhos.

5. A postura deve ficar ereta, com os ombros e quadris alinhados. Devemos evitar curvar as costas e o pescoço, ou ficar em posição inadequada que sobrecarregue os ombros. 

Cuidar do espaço em que vivemos e executamos nossas atividades é muito importante para proporcionar segurança e saúde para toda a nossa família, contribuindo para o bem estar do corpo e da mente.

Conforto ambiental: principal aliado na criação de ambientes saudáveis

Projetar um espaço é muito mais do que apenas desenhar cômodos. Também foi-se o tempo em que se considerava apenas a estrutura física, a funcionalidade e a estética dos ambientes. Um espaço ideal deve considerar na sua concepção o “Conforto Ambiental”.

Quando se fala em conforto ambiental, não se quer dizer que o ambiente é apenas confortável fisicamente, como quando utilizamos um sofá bastante confortável. Conforto ambiental leva em consideração o conforto dos usuários que utilizam o ambiente, suas necessidades físicas e psicológicas, de forma a proporcionar qualidade de ar, temperatura e umidade ideais (conforto térmico), níveis de iluminação adequados para executar as diversas tarefas dos dia a dia (conforto lumínico), ambientes calmos e sem ruídos para garantir um sono adequado (conforto acústico) e espaços psicologicamente saudáveis que se utilizam cores e materiais ideais para cada tipo de ambiente (conforto visual).

Ambientes saudáveis devem ser projetados para preservar a integridade física e psicológica dos usuários, garantindo a qualidade de vida dos mesmos. Um projeto de arquitetura que considera o conforto ambiental leva em conta o clima da região para a escolha de materiais e especificação de elementos de fachada, considera os equipamentos de climatização ideais, especifica janelas adequadas para isolamento sonoro de grandes centros urbanos, entre outras medidas que garantem a qualidade dos espaços.

foto: https://sanviimoveis.wordpress.com/2013/11/01/iluminacao-natural/

O projeto de arquitetura é o resultado de uma parceria entre cliente e arquiteto. Através dessa parceria, idéias são materializadas em desenhos, unindo estética e funcionalidade de forma a suprir as necessidades dos usuários desses espaços. Conheça as etapas que envolvem o desenvolvimento do projeto de arquitetura.

ESTUDO PRELIMINAR

• Conceito inicial
• Programa de necessidades
• Soluções construtivas

2) ANTEPROJETO

• Solução arquitetônica para exigências do cliente, exigências técnicas e estéticas
• Inclui: plantas baixas, cortes, fachadas e maquete.

2.1) PROJETO DE APROVAÇÃO

• Projeto para ser apresentado à Prefeitura Municipal
• Inclui: planta de localização, planta de locação e implantação, plantas baixas, cortes, fachadas, perfis do terreno e planta de cobertura.

3) PROJETO EXECUTIVO

• Detalhamento do Anteprojeto
• Inclui: planta de locação e implantação, plantas baixas, cortes, fachadas, planta de cobertura, vistas internas, planta elétrica, planta de teto e iluminação, planta hidráulica, detalhamento de esquadrias (portas e janelas), especificação de materiais utilizados, detalhe dos telhados, detalhamentos específicos que se fizerem necessários, e detalhamento de equipamentos como churrasqueira, lareira, etc.

1) ESTUDO PRELIMINAR

PRESSUPOSTO INICIAL

O projeto de arquitetura - seja ele de uma casa, de um restaurante, de uma sede de empresa ou até de um simples móvel - é um trabalho conjunto, resultado de uma parceria entre arquiteto e cliente. Por isso, é importante estabelecer afinidades desde o princípio, conversando abertamente sobre expectativas, gostos e, principalmente, sobre a disponibilidade financeira do cliente. O arquiteto, por sua vez, deve esclarecer suas premissas de trabalho e apresentar um portfolio e/ou seus projetos já realizados.

Fazendo uma entrevista preliminar, o arquiteto conhece melhor quem é seu cliente, como funciona sua vida em termos de hábitos e horários, como é a estrutura de sua família ou de seu espaço de trabalho e quais atividades pretende desenvolver no espaço solicitado. Juntos, cliente e arquiteto definem o escopo dos trabalhos e o programa de necessidades.

A partir destes dados, o arquiteto elabora um orçamento para desenvolvimento do projeto. Após a assinatura de um contrato é que, efetivamente, o arquiteto dá início aos trabalhos.

PRIMEIROS CONTATOS

O arquiteto normalmente visita o local onde será instalado o projeto, caso não o tenha feito antes ou durante a entrevista preliminar. Ali, ele vai avaliar o local, verificando as possibilidades de realização do programa de necessidades e fará um levantamento completo do local, medindo e tirando fotos.

Em seguida, em seu escritório, ele transfere as informações colhidas para o computador. A partir daí começa o trabalho de criação, quando o arquiteto elabora o conceito com o qual irá trabalhar e quais soluções irá apresentar naquele projeto. É a fase de ESTUDO PRELIMINAR, onde são feitos os primeiros esboços, chamados croquis, do que será o projeto final.

Vale lembrar, que as idéias colocadas no papel são apenas uma síntese do processo de criação do arquiteto, das horas dispendidas em pesquisa, reflexão e estudos para encontrar a melhor solução para aquele projeto. Portanto, não se deve atribuir valor ao número de desenhos apresentados. A maior parte do trabalho do arquiteto é imaterial: são conceitos, idéias e soluções que só se farão sentir realmente a partir do momento em que a obra fica pronta.

Estas primeiras idéias são apresentadas ao cliente e, se aprovadas por ele, dá-se início à fase de ANTE-PROJETO.

2) ANTEPROJETO

Nesta fase, os desenhos do estudo preliminar são transformados em desenhos técnicos, com escala e dimensões precisas. Aqui, o arquiteto começa a desenvolver os cortes, fachadas e diversas plantas para poder estudar a viabilidade de cada detalhe do projeto: o tamanho de cada ambiente, sua iluminação, ventilação, sua funcionalidade, etc. Este é o momento em que também é desenvolvido um modelo, ou maquete, para melhor compreensão dos volumes e das proporções da construção.

Esta maquete pode ser física, feita em papel, madeira e outros materiais; ou virtual, em modelo tridimensional(3D). Durante o processo de ajuste e de busca de soluções são feitas reuniões com os clientes para que as decisões sejam tomadas em conjunto e que as partes estejam de acordo com as escolhas feitas. Uma vez que todas estas questões estejam resolvidas e aprovadas pelo cliente, é hora de partir para o PROJETO EXECUTIVO.

3) PROJETO EXECUTIVO

É o PROJETO EXECUTIVO que vai possibilitar a execução da obra, daí seu nome. Constam deste projeto os detalhes de execução de cada item, como os acabamentos utilizados, as louças e metais indicados, o sistema construtivo, os tipos de portas e janelas utilizadas, os pontos elétricos e hidráulicos, a estrutura do telhado e sua cobertura, etc.

Com este projeto em mãos é possível procurar engenheiros para fazer os cálculos estruturais e de instalações hidro-sanitárias, fazer um orçamento do custo da obra, orçar mão-de-obra em geral e, por fim, elaborar um cronograma de desenvolvimento da obra e de utilização dos recursos financeiros.

O arquiteto é responsável por realizar a compatibilização entre seu projeto e os projetos complementares, como elétrico, hidro-sanitário, estrutural, de automação, sistemas de aquecimento e refrigeração, entre outros.

 

Escolher o terreno certo é fundamental para construir a casa ideal

Já imaginou comprar um terreno e verificar que ele não é adequado para acomodar a casa dos seus sonhos? Essa situação é mais comum do que se imagina. Construir o espaço ideal pede alguns cuidados, principalmente com a escolha do terreno. Muitos acreditam que essa é uma questão irrelevante, mas a escolha do local certo é de fundamental importância.

Se a opção de projeto for uma residência térrea, o adequado é comprar terrenos com o mínimo de inclinação possível, ou até mesmo planos, principalmente se o terreno for pequeno, pois será difícil adequar grandes rampas de acesso que ocupam grande parte da frente do imóvel.

Terrenos com declives muito acentuados podem dificultar o acesso à construção e exige grande movimentação de terra, o que pode encarecer a obra, seja com muros de arrimo ou com grandes pilares. Também podem passar a impressão de que a construção está “afundada” em relação a rua. Se o desejo for o de construir uma linda fachada que seja vista do nível da rua, nem sempre é fácil acomodar o pavimento térreo no mesmo nível da calcada, sendo necessária grandes intervenções.

Lotes com grande aclive também dificultam o aproveitamento do espaço, principalmente em lotes de pequena dimensão, além de requererem grandes cortes no terreno e a construção de muros de arrimo junto as divisas, o que prejudica na ventilação da residência, podendo ocasionar infiltrações indesejadas junto a paredes encostadas na terra, tornando os ambientes insalubres.

Antes de comprar um terreno, o ideal é procurar um profissional experiente que faça um estudo das necessidades e desejos de cada cliente e oriente a compra do terreno adequado, poupando possíveis aborrecimentos e contribuindo para que cada um tenha sua residência adequada, segura e saudável.

O uso da iluminação adequada para a promoção da saúde nos ambientes

A grande maioria das pessoas quer viver bem, ter uma casa aconchegante e bonita, que chame a atenção, e contratam profissionais para fazerem lindos projetos com fachadas grandiosas, mas ao finalizar a obra compram sozinhos todos os lustres e luminárias para sua residência, sem se preocuparem com a correta iluminação dos ambientes.

Na verdade, muitos não estão cientes dos malefícios de uma iluminação deficiente no desenvolvimento de tarefas, seja para se estudar com os filhos, cozinhar e trabalhar. As pessoas estão acostumadas com ambientes escuros e mal iluminados.

A iluminação inadequada pode trazer sérios comprometimentos visuais a longo prazo, como irritações e cansaço nos olhos, fadiga, apatia, e também podem ocasionar problemas emocionais, pois os ambientes mais escuros estimulam uma maior produção da melatonina, o hormônio do sono, gerando sonolência e cansaço, o que faz diminuir a disposição ao trabalho.

Para que tenhamos um espaço saudável, é indicado contratar um profissional especializado que acompanhe e oriente a compra das luminárias de modo a calcular adequadamente os níveis de iluminância dos espaços, especificar corretamente o tipo e cor das lâmpadas para cada ambiente e tarefa, promovendo, assim, a saúde de todos os envolvidos.

 

A Maquete Eletrônica pode ser vista como uma poderosa ferramenta de projeto. O estudo da volumetria e a harmonia das cores e texturas são facilmente simulados. Quanto mais detalhada for a Maquete Eletrônica, menor a possibilidade de se cometer erros de projetos, tais como interferências entre os andares ou problemas com os elementos estruturais.

O leigo, em geral, tem uma dificuldade grande na compreensão de um projeto de arquitetura. Na realidade, por mais que o arquiteto explique como vai ser o projeto e até mesmo mostre fotos ou obras com elementos "parecidos" aos utilizados, o cliente não consegue materializar em sua mente o seu empreendimento.

Para o cliente, principalmente aquele que está construindo uma casa, é muito mais negócio gastar na fase de projeto, exigindo uma visualização do projeto do que gastar em uma reforma ou mesmo ter que conviver indefinidamente com algo que não o agradou.

Existem escritórios de arquitetura que não prescindem da utilização de Maquetes Eletrônicas, até mesmo na fase de estudos de um projeto. Outros estão utilizando como parte do projeto no sentido de agregar valor às peças apresentadas. Há ainda aqueles que deixam ao encargo do cliente escolher se querem ou não o uso dessa tecnologia, cobrando à parte por este serviço.